Um divertido pesadelo de êxtase baseado na vida e obra de Ed Wood. Juntamos elementos dos filmes trash de Ed Wood (tumbas, árvores secas) com símbolos da cidade de Los Angeles, onde tantos filmmakers vão atrás de seus sonhos (Hollywood sign, palmeiras), com itens dos anos 50 (TV antiga com projeções em preto e branco) e padrões psicodélicos (chão em espiral criando uma ilusão de ótica), chegando em uma alquimia (Holly)Woodiana digna do pior cineasta de todos os tempos.
 
     
     
 
Dramaturgia Paulo Biscaia Filho
Direção Paulo Biscaia Filho
Elenco Luiz Bertazzo, Camila Fávero, Guenia Lemos & Ricardo Nolasco
Cameras Isa Rocco & Lucas Lemos
Produção Laura Haddad & Juliana Pedrozo
Assistência de Direção Gabriela Valcanaia
Iluminação Wagner Corrêa
Figurino Gui Almeida
Cenário Guenia Lemos
Cenotécnico William Batista & Studio Fabrika
Operador de Luz Gabriela Valcanaia
Operador de Som e Vídeo Daniele Mariano
Assistênica de Figurino Luiza Wolff
Costureira Néia Amaral
Adereços Michelle Rodrigues
Maquiagem Isabelalla Japiassú
Assistência de Maquiagem Igor Urban
Design Gráfico Andre Ducci
Sonoplastia Paulo Biscaia Filho
Fotos Lucia Biscaia & Amanda Vicentini Simonetti
Teaser Paulo Biscaia Filho
Assessoria de Imprensa Luciana Melo
Direção de Produção Formiga Produtora
Captação e Coordenação Duplo Produções
Realização Vigor Mortis
   
ACORDEI CEDO NO DIA EM QUE MORRI estreou no Ave Lola Espaço de Criação, Curitiba, em 2017.
 
     
     
 
 
         
           
 
Teaser de ACORDEI CEDO NO DIA EM QUE MORRI
 
         
           
 
A ESCOTILHA
Aliens Vampiros ou o Mundo de Ed Wood
Espetáculos Paulo Biscaia Filho homenageia "pior cineasta do mundo" em sua nova peça "Acordei cedo no dia em que morri"
Helena Carnieri
 

É marcante a opinião de Paulo Biscaia Filho, que pesquisa o centenário gênero francês Grand Guignol como estética há 20 anos em sua companhia Vigor Mortis, sobre por que as pessoas se sentem atraídas pela violência de suas peças – ou pelo horror em geral. “Porque poderia ser com elas, mas não é.”

Para quem não vibra tanto assim com nervos e sangue cênico, uma porta de entrada para sua estética pode ser seu novo trabalho, Acordei cedo no dia em que morri, em cartaz no Ave Lola até 22 de outubro. Escorre, no máximo, um sangue marciano, mas no geral reina a brincadeira com o cinema trash com altas doses de citações e intertextualidade.

Na peça, as obsessões de Biscaia se confundem com as do cineasta Ed Wood (1924-1978), taxado como “o pior diretor de todos os tempos”. Seus filmes nos anos 50 são um marco do cinema B, em que os efeitos são toscos e os roteiros não ficam atrás. Plan 9 from outter space é considerado, para quem é afeito a um rótulo, o “pior filme de todos os tempos”. Mistura vampiro, zumbi, alienígenas com planos de invadir a Terra, entre outros elementos.

Muitos desses ingredientes são matéria-prima para Acordei cedo no dia em que morri, que tira seu título de um roteiro de Wood nunca filmado. As referências estão não só no texto, criticado pelos próprios atores o tempo todo, mas no cenário, figurinos e trilha sonora. Ou adereços, como um polvo gigante que abraça o palco de cima a baixo.

Dois livros do cineasta norte-americano também compõem o texto, assinado em parceria entre Biscaia e o ator Luiz Bertazzo: Death of a Transvestite e Let Me Die In Drag. O tema do travestimento tem relação tanto com a biografia de Wood quanto com filmes em que lidou com essa questão, como Glen or Glenda.

Outro motivo para ver o espetáculo são as atuações, sempre propositalmente canastronas e muito trabalhadas dentro da proposta da Vigor. Uma tentativa de sinopse de Acordei cedo no dia em que morri seria: um interno de manicômio (Ricardo Nolasco) foge de sua carrasca sádica (Guenia Lemos), que morre e vira zumbi. Ele é amado e odiado por uma bela cientista (Camila Fávero) e volta até ela. No meio, um vampiro-alienígena (Bertazzo) tenta invadir a Terra e mata e ressuscita alguns deles algumas vezes. É, talvez eu tenha perdido alguma coisa.

As referências que se tenha nunca serão o bastante para dar conta da brincadeira toda. Mas o caldo de intertextualidade, citações a filmes antigos ou outros elementos culturais agregam relevâncias e sintonias ao todo, ainda mais quando se atinge citações de citações, como ocorre como travestimento em Quanto mais quente melhor.

Referência que se torna em alguns momentos fonte emissora principal é a biografia de Ed Wood filmada por Tim Burton, Ed Wood (1994), com Johnny Depp, em que o mundo, para além dos fãs do gênero, conheceu um pouco da difícil vida criativa do cineasta.

Assim como Wood lutou para ver suas ideias e ideais na tela, é admirável a persistência de Biscaia. Na profusão de referências, algum tentáculo irá capturar o espectador incauto.

 
 
 
LOMASTRO
Acordei cedo no dia em que morri
 

Acordei cedo no dia em que morri (Desperté temprano en el día que morí) es una obra que me comentaron en Curitiba cuando intentaba encontrar teatro que salga del circuito clásico; circuito al que a veces decirle off o independiente me es un poco ingrato, porque de "apagado o marginal" no tiene nada y de independiente menos porque se depende de todo el mundo y no se puede hacer lo que quieras. Soy parte de eso en Buenos Aires.

En este caso la presentación se hacía en el espacio "Ave Lola Espaço de Criação": un espacio artístico en una casa, bien puesto, cómodo, grande, con bar con precios accesibles y una sala con 58 butacas.

En realidad no me había dado cuenta de la traducción del título hasta 10 minutos antes de empezada la función (a la cual fui temprano y con reserva porque es muy solicitada) hasta que caí en que era "I Woke Up Early The Day I Died", película post mortem del conocido director norteamericano Ed Wood, la cual se realizó en forma de tributo. 

No voy a hacer una reflexión o sección informativa de quien es Ed Wood, les dejo el link de wikipedia, pero quienes lo conocemos sabemos que si hay alguien excéntrico y despreocupado por lo que piensen los demás (de él y su arte), es él.

La pieza que ahora me presentaron escrita y dirigida por Paulo Biscaia Filho (director, cineasta y profesor universitario) es simplemente una joya del teatro cast, bizarro y bien realizado. Quedé sorprendido en principio por el nivel y la calidad de la producción (que no se hizo con dos mangos por mas que fuera off) sino por genial utilización de recursos técnicos como pantalla, video en vivo, sonido y luces con perfecta sincronía y detalle, así como también un diseño escenográfico, lumínico, utilería, vestuario y maquillaje muy convenidos y trabajados. Se sintió el trabajo en equipo, este tipo de obras con tanta información visual serían imposibles sin un equipo técnico que trabaje como reloj. Es un gran homenaje a todas las películas "cast" de los años 70 y 80.
 
Generados espacios de suspenso, desde el texto y todas las artes, a su ve rotos por la comedia y las risas y de vez en cuento por algún número visual muy bien montado.
 
Una obra para niños adultos, como yo.

El texto y la historia hacen un repaso de detalles de la vida de Ed Wood (tenía el gusto de vestir de mujer y fascinación por los saquitos de angora) y también enlaza varias de sus películas en donde todo termina en un combo cómico de onvis, extraterrestres y travestismo casi como una oda escrita a quienes quieren ser diferentes y libres de serlo hasta el punto de menospreciar al humano convencional que solo hace lo socialmente correcto. Es una obra para quienes aman lo que hacen y ser quienes son, es una obra que habla de amor.

Actuada por la compañía de teatro Vigor Mortis, compañía con 20 años de trabajo, con mucho trabajo y premios en su haber. Amé el elenco y las actuaciones especialmente porque se ve claramente que son grandes actores bien formados y versátiles en sus formas.

Hacía tiempo no veía teatro grotesco y casi había olvidado lo divertido que es. Acordei cedo... me hizo sentir que es un género genial y realizable con máxima calidad. Un género que en Buenos Aires esta menospreciado por los intelectuales del teatro y casi no genera nuevas producciónes. Acordei cedo... es una obra que considero que la gente del teatro necesita ver pero mas aún, el público general y como dice la obra... también todos los artistas, travestis, transexuales, crossdressers, científicos que crean monstruos atómicos, bandidos con cirugías plásticas, alienígenas con planes de revivir muertos, monstruos que hacen strip tease, criaturas amantes de otros planetas y en espacial a quienes se abalan en críticas sin sentido y que siguen haciendo lo que aman.

Creo que está terminando pero es a la gorra, de miércoles a sábado.